quarta-feira, março 07, 2007

Do oníreo

O mundo dos sonhos é o sitio onde encontramos a nossa criatividade. Por muito perturbador que seja um sonho ou por muito perturbador que seja torna-lo partilhável, o sonho é sempre uma tentativa de aproximar dois conteudos distintos, dois mundos distantes. Reformularei a última frase e direi que o sonho é a aproximação de dois conteúdos percebidos como distantes. Daí resulta um processo criativo, latente na encriptação desses símbolos. Quem não sonha não cria. O desafio da realidade impõe-se ao oníreo latente. Tornar real a actividade subconsciente é um desafio que se apresenta a cada um de nós. Tornar real pela palavra, pela representação simbólica, pela significação...

Pois bem, "Eu tive um sonho." Pela reconstrução dada ao real, culturalmente partilhável pelo indivíduo, pelo significado dado pelo indivíduo á sua afirmação, destinada á comunidade envolvente e ao mundo, pela fantasia tornada realidade, a sua própria fantasia, diria que ele "fez um sonho." Ele criou um sonho. Ele não o teve, ele deu-o.
Deixem de ter sonhos e passem a fazê-los..
Deixem-nos sonhar.

1 comentário:

Áurea disse...

Ai sonhar... sonhar, como é bom sonhar nos braços de Morfeu!
Existem vários tipos de sonhos: sonhar acordado, e colocar esse sonho em prática... depois há sonhos que são autênticos pesadelos, (esses serão os avisos do nosso inconsciente, de algo que fizemos e que está em desacordo com a nossa consciência) outros que são premonitórios, e ainda aqueles que devido a frustrações e recalcamentos de sentimentos, emoções e atitudes não tomadas no mundo da realidade... passam a ser vividos pelo inconsciente no mundo onírico!

Áurea